Metrô Letters.





"Em meio a metrópole ele vinha cambaleante, sentindo o peso da noite anterior em seus ombros... Ele só pensava nela, soa seus abraços, no seu sorriso, mas também o doía no coração o sentimento de não te-la verdadeiramente, de não poder beija-la. Ou de dizer a todos que ela era o grande amor de sua vida (na verdade isso ele já dizia). Um tranco, um solavanco. "Próxima estação: Armênia, desembarque pelo lado direito do trem." Dizia a voz límpida e automática do metrô ele olhou ainda faltavam algumas estações pegou em sua bolsa um velho porta retratos, com uma foto nova, era a foto dela a encarou, soltou um riso no canto dos lábios, a colocou de volta no lugar e abraçou a mochila contra o peito. "Próxima estação Santana, desembarque pelo lado direito do trem" anunciou novamente a voz no vagão. Ele então se pôs de pé olhou para os lados e partiu e direção a porta, quase caindo com o balançar suave da maquina chegou certeiro a porta , olhou o relógio."7:50"?? Gritou espantado, partindo rápido assim que as portas se abriram. Caminhou apressadamente por entre as pessoas, almas robóticas, alienadas, formadas para serem o que foram feitas para fazer e nada mais, indo contra todos desceu as escadas correndo, enquanto muitos se amontoavam para descer nas relaxantes escadas rolantes, chegou ao fim do lance girou a catraca, saiu da imensa estação e partiu para mais um dia de ilusões corriqueiras...."


Maxwell Candido

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