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Ele estava parado em meio a um enorme salão redondo, olhava a todos os lados como se esperasse que algo ou alguém saísse das sombras. Frio. Suor. Um barulho virou abruptamente seu pescoço, como se algo tivesse chamado sua atenção, mas nada. Suor, medo, tensão, um passo para dentro das trevas, não sabia o que tinha, mas o impulso falou mais alto, outro barulho, mais uma vez virou-se para ver de onde vinha – aparentemente de suas costas - mas nada... Tensão. Medo. Suor. Seus dentes rangiam, mais um passo a frente, chegando mais perto das sombras, mas desta vez, ele viu dois pontos avermelhados fixados em sua direção, medo, suor, o estomago começa a revelar o único sentimento imperante naquele momento, o MEDO.

Um passo para trás, o medo o faz recuar, mas é inevitável, os pontos, transformam-se: OLHOS. E a cada passo para trás revela o que estava escondido nas sombras... Dos olhos, surge uma face horrivelmente inexplicável... Tudo se transforma assustadoramente, se transfigurando, os olhos agora eram conhecidos, e a assustadora silhueta, é uma branca e pálida face, quase humana, e o encarava. Suor. Agora as gotas caiam aos montes de sua face, era horrível, o medo o dominava, mais um passo para trás. Agora já não era uma silhueta disforme, era um ser perfeito, e o espanto, era como se ele encarasse frente a um espelho seu próprio ser. Medo. Suor. Novamente a vontade de fugir lhe passava pela cabeça.

O ser aproximava-se, dava um passo de cada vez, e a cada passo um olhar, ele tentava dar mais algum passo para trás, porém em vão, a parede já estava ao toque de sua mão. Em um salto o ser pulou em sua direção, ele abruptamente abaixou-se evitando um golpe, calculadamente executado para acertar a jugular. Um ataque mortal. Agora o ser estava as suas costas, era inevitável. Medo. Suor. Ele estava estático esperando somente seu fim.

BEEEEEEEEEEEEP BEEEEEEEEEEEEP – são sete da noite. O relógio o surpreendeu e o fez acordar do pesadelo que o perseguia por dias a fio. Agora pensava em Claire, ela cuidava dele, ele vivia em seu porão desde que “sofrera o acidente”. Sentia-se sozinho, era Claire quem conversava com ele. Sim, ele era um vampiro, mas não um vampiro comum, lutava contra a sua natureza...
Jordan. Era seu nome Murray Jordan, antes de se tornar o que é, era escritor... Não fosse pelo pequeno detalhe de não poder sair ao sol, seria uma pessoa normal vivia no sótão de uma amiga incomum, Claire, que o encontrou jogado em uma sarjeta com perfurações finas em seu pescoço. O alimentava com retiradas no hemocentro onde trabalhava o que nem sempre satisfazia Jordan, e o fazia cometer pequenos assassinatos animais, como gatos e cachorros dos vizinhos...

Seu sonho era ser escritor, mas não um escritor qualquer, não um escritorzinho de quinta, de fundo de quintal, sim um escritor de sótão, um escritor de romances, mas romances dramáticos, envolvendo amor e morte, o jogo da vida. A brincadeira da dor, a zombaria da perda. Da ironia da morte. Na condição em que vivia a morte já era uma companheira, o que antes lhe atormentava, agora só era mais uma casualidade. Uma amiga de infância presente, mas longe ao mesmo tempo, agora Jordan não ligava para os extremos, mas sim para o simples, passou a visualizar a vida minuciosamente, na riqueza de seus detalhes.
Agora o que realmente não lhe saia da cabeça, era sua paixão, sua louca paixão pela mulher impossível, aquela que o tratava como irmão,como cúmplice... 


Quer saber o resto desta história?


Se sim comente ai em baixo. 

2 comentários:

Maxwell Candido disse...

Comentários funcionando pessoas lindjas!

Drika Motta disse...

Parabéns, muito lindo a fusão da melodia com o texto, faz você refletir muito mais.
Conseguiu transformar tudo em sintonia e com perfeição

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